Energia Solar em Santa Catarina: Um grande potencial a ser explorado

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Dias nublados e energia solar podem parecer incompatíveis, mas a verdade é que módulos fotovoltaicos podem gerar resultados extraordinários mesmo em cidades mais chuvosas.

O exemplo internacional mais famoso é a Alemanha. Enquanto lá a incidência solar média é no máximo 60% da que temos em Joinville (Santa Catarina), por exemplo, os alemães se tornaram rapidamente líderes globais em se tratando de energia solar.
Similarmente, o Reino Unido – apesar de sua reputação de possuir um clima “melancólico” – recentemente alcançou a impressionante marca de 6 meses seguidos nos quais módulos fotovoltaicos produziram mais eletricidade do que plantas a carvão.

Nos Estados Unidos da América não é diferente. O país já se encontra em quarto lugar no ranking de capacidade instalada, e mesmo possuindo algumas cidades famosas pelo sol como Los Angeles e Phoenix, tem experimentado um crescimento absurdo em regiões mais chuvosas como Boston e Nova York.

E você pergunta, como pode ser isso possível? Em um dia nublado, o que acontece com a produção solar? E em regiões como Joinville, São Francisco do Sul, Itapoá, Garuva, Campo Alegre, São Bento do Sul, Rio Negrinho, Mafra, Corupá, Schoroeder, Barra do Sul, Araquari, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Rio dos Cedros, Massaranduba, Pomerode, Timbó, Barra Velha, Piçarras, Penha, Navegantes, Itajaí, Brusque, Bombinhas, Blumenau, Camboriú, Curitiba, Guaratuba, São José dos Pinhais, que resultados os clientes podem esperar no decorrer de um ano? Vamos trazer um pouco de “luz” sobre o assunto.

A energia solar é viável em climas nublados?

A maior parte da energia solar gerada vem da incidência direta da luz do sol. Porém, módulos fotovoltaicos também aproveitam a chamada luz difusa, que são os raios solares que colidem contra outras coisas no céu – como nuvens, poeira e neblina – e que foram amplamente dispersos antes de chegar ao seu telhado. Também existe a luz refletida, aquela que colidiu contra edifícios ou o chão antes de chegar ao painel solar.

Fonte: Solargis

Embora incidência solar difusa é menos intensa do que a direta, ela também gera eletricidade. Por exemplo, em um dia nublado, um painel fotovoltaico pode gerar em torno de 20% de sua capacidade máxima. Isso não é o ideal, mas também não é insignificante, contribuindo com a geração energética.

O que realmente importa é a média anual de incidência solar, que pode representar valores muito expressivos apesar de alguns dias chuvosos.

O sucesso de um telhado solar é baseado em quanto ele reduz seu custo final com o uso da rede elétrica, e neste caso, faz mais sentido medirmos isso anualmente, já que existem épocas mais chuvosas e outras mais ensolaradas. Considerando esse ponto de vista, pode-se concluir que o Brasil por inteiro possui excelente potencial para geração solar de energia elétrica, com algumas áreas melhores do que outras.

Outro ponto a se considerar é que os estados brasileiros possuem diferentes tarifas energéticas. Santa Catarina possui menos insolação solar que o Nordeste, por exemplo, mas a sua tarifa energética não é das mais baratas, viabilizando inúmeros projeto, o que explica sua posição de destaque entre os estados brasileiros com maior número de sistemas fotovoltaicos instalados.

Fonte: ANEEL

Em alguns casos, climas nebulosos podem ser correlacionados com maior geração de energia solar.

Aqui está um fato bem interessante, porque painéis fotovoltaicos operam com maior eficiência em climas mais amenos devido à natureza dos materiais semicondutores. Então, embora uma região possa apresentar maior incidência solar, ela não necessariamente vai gerar muito mais energia que outra região mais chuvosa, o que é uma ótima notícia.

Não importa em qual região do Brasil você se encontra, você pode produzir agora mesmo a sua própria energia elétrica através do sol, economizando dinheiro e contribuindo para um futuro mais limpo e sustentável.

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