Empresas e indústrias de SC investem na energia solar como forma de responsabilidade ambiental limpa e econômica

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Palestra sobre a rentabilidade em geração de energia sustentável foi um dos destaques da maior feira da indústria da região Sul do Brasil

Com um mercado cada vez mais competitivo, as empresas e indústrias estão se adequando constantemente às mudanças e uma das transformações que tem atraído muita atenção é a questão ambiental. Nesse cenário, as empresas e indústrias que usam energia solar saem à frente dos seus concorrentes. Isso porque a geração de energia solar é uma fonte limpa, renovável e infinita, contribuindo significativamente para a preservação do meio ambiente.

O assunto foi tratado na palestra sobre “Rentabilidade de investimentos em geração de energia sustentável para o setor metalmecânico”, ministrada pelo especialista em energia solar e diretor da empresa TAB energia, Michel Kazmierski, ocorrida durante a 13ª Intermach, em Joinville, que reuniu mais de 24 mil participantes em quatro dias de evento.

“A energia solar fotovoltaica é limpa e não provoca danos à natureza, possibilitando ao usuário economizar mais de 90% na conta de energia”, destaca Michel.

Sem dúvida, a instalação da energia solar fotovoltaica pode trazer diversos benefícios para o seu negócio, dentre eles gerar uma economia de até 95% na sua conta de energia. A implementação de atividades, como o uso de fontes de energia renovável, reciclagem e redução do consumo de água, agrega valor à sua marca e torna-se um diferencial para a empresa.

Rentabilidade de investimentos em geração de energia sustentável para o setor metalmecânico

“Não importa o segmento de atuação da empresa ou indústria, essa alternativa de energia solar pode proporcionar uma significativa economia que reflete nos custos fixos do negócio. Além disso, a durabilidade das placas fotovoltaicas é de mais de 25 anos, o que proporciona um excelente custo-benefício, além da ajudar na responsabilidade ambiental”, explica Michel.

Na oportunidade, ele comentou sobre os sistemas WEMOB (carregadores elétricos), MCH (Micro Central Hidrelétrica) e garagens solares, além dos serviços de seguro solar, assistência técnica, limpeza de usinas fotovoltaicas. Vale ressaltar que a TAB energia efetuou a compensação de CO2, gastos no evento, com o plantio de várias árvores.

Crescimento da energia solar no Brasil

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil já conta com 860 mil sistemas instalados. O Estado de Santa Catarina aparece na 5ª colocação no ranking geral de Estados da federação, com 40 mil sistemas instalados. A maior cidade de Santa Catarina, Joinville, conta com um total de mais de 2.000 sistemas na cidade.

A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) contabiliza cerca de 1,2 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede em todo o Brasil. Vale ressaltar que os sistemas solares usados para geração própria no Brasil saltaram de 8,4 gigawatts de potência instalada em dezembro do ano passado para 13 gigawatts alcançados neste mês de setembro, segundo a Absolar. São fontes instaladas em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

O avanço é atribuído a fatores como a procura por alternativas para driblar o alto custo da conta de luz e o marco legal da micro e minigeração de energia, que manteve isenção até 2045 de componentes tarifários para quem já tem a fonte instalada e para os pedidos feitos 12 meses após a publicação da lei.

Corrida para garantir a isenção da “taxação do sol”

Empresas, indústrias e moradores correm para garantir isenção da cobrança de uma taxa sobre o fio B no Brasil. Quem fizer a instalação de energia solar em até 6 de janeiro de 2023 será isento de encargos pelos próximos 23 anos. A 100 dias do fim do prazo de isenção na taxa de distribuição de energia solar, o segmento da energia solar viu uma corrida pela validação e instalação dos projetos.

O Marco Legal da Geração Distribuída, sancionado neste ano, estabelece regras para a produção da própria energia, como no caso da solar fotovoltaica.

“O consumidor que pedir e realizar o procedimento até o dia 6 de janeiro de 2023 tem isenção. Passado esse período, ele terá que pagar uma alíquota de toda a energia que colocar na rede”, explica a vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim.

A partir de 2023, haverá uma transição de seis anos para novos consumidores que utilizarem energia solar, iniciando com uma tarifa percentual de 15% dos custos de distribuição e manutenção dos serviços, aumentando 15% ao ano até chegar a 90% em 2028. Até 2028, nas unidades de Minigeração Distribuída acima de 500 kW, será tarifado 100% do custo de distribuição, 40% do custo de transmissão e 100% dos encargos de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética e taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica.

Escrito por: Thiago Dias, jornalista e assessor de imprensa.

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