A nova Conferência do Clima das Nações Unidas teve início em 6 de novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito. A reunião deve indicar as novas medidas no enfrentamento às mudanças climáticas.
Durante a conferência, representantes de diversos governos e da sociedade civil estarão presentes discutindo sobre o cenário dos eventos climáticos dos últimos tempos, além das repercussões no clima após a crise energética da guerra na Ucrânia.
O que vem sendo feito após a última conferência?
A COP26, realizada em 2021, trouxe a pauta de temas que se mantiveram relevantes na realidade atual em relação às mudanças climáticas. Um ponto chave da conferência, foi o Pacto do Clima de Glasgow, que tem como objetivo manter a meta de conter o aquecimento global a 1,5 ºC.
Outro ponto abordado foram os cinco anos do Acordo de Paris, obtendo avanços e detalhando práticas para sua implementação. Durante o evento de 2021, também foram previstas entregas de compromissos mais ambiciosos por parte dos países para 2022, porém apenas 23 dos 193 países apresentaram planos à ONU até a COP27.
Na cidade de Glasgow, palco da última edição, outras diversas promessas foram discutidas, como por exemplo os compromissos para zerar emissões, proteger florestas e o financiamento climático.
O que esperar da COP27?
Como já vem sendo divulgado, um dos objetivos da COP deste ano é a prática efetiva das implementações da última edição. Neste mesmo ritmo, discute-se a importância de retomar assuntos que não foram concluídos na COP26.
Um desses casos é o financiamento de “perdas e danos”, direcionados às nações que estão na linha de frente da crise energética, para que possam lidar com os casos mais delicados de mudanças climáticas. Com isso, o financiamento ficaria responsável por embolsar US$ 100 bilhões todos os anos dos países desenvolvidos, para as nações de baixa renda.
Os maiores objetivos da conferência de 2022
A COP27 tem entre os seus grandes objetivos a mitigação, que significa o uso da tecnologia e fontes de energia renovável, no combate das altas emissões de gases do efeito estufa, causadores das mudanças climáticas.
Também há previsão de metas mais ambiciosas para os próximos anos, pelo menos até 2030, já que os planos atuais não se mostram suficientes para conter um aquecimento global em níveis de catástrofe.
A diminuição no ritmo do aquecimento possui um efeito de cuidado com a população dos países, no risco de mais incêndios, inundações, dias mais quentes ou até mesmo no aumento do nível do mar.
Medidas tomadas após a COP26
Durante a edição anterior da conferência, houve a adaptação da meta global estabelecida no Acordo de Paris. Os países desenvolvidos entraram em acordo em dobrar o financiamento que visa equipar comunidades e nações com conhecimento e ferramentas que garantam um futuro com menores perdas para o meio ambiente, por meio da mitigação.
A questão do financiamento é o grande tema em pauta para a COP27, em um cuidado onde se faz necessária a participação de todos, sejam governos, instituições financeiras e setor privado.
O que fará a diferença para os próximos anos?
Até agora, boa parte do diálogo internacional gira em torno de ações de “perdas e danos”, com a decorrência dos desastres naturais causados pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa, principalmente dos países mais ricos e industrializados, onde os países menos desenvolvidos e fortemente afetados por esses problemas solicitam o recebimento de valores para compensação.
Outro fator foi, como já mencionada, a adoção de medidas e tecnologias que reduzam o efeito estufa, como a implementação de energias renováveis e limpas para o meio ambiente.
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